Vários educadores e autores, citando aqui Teresa Guerra, Clara Dawn, Leo Fraiman dizem que a sociedade em que vivemos promove e busca, em primeiro lugar, a satisfação, o prazer, o bem-estar e deve ser por isso que muitos pais querem que seus filhos sejam felizes à viva força. Procuram a ajuda de psicólogos e terapeutas com o intuito de proporcionarem a seus filhos a felicidade…
O mestre Huberto Hohden (1893 – 1981) nos deixa um grande legado crístico de que a busca pela felicidade é o maior desafio da humanidade, entretanto sua busca concentra-se, grande parte, nas coisas externas e nos bens materiais, quando dever-se-ia buscá-la nas entranhas do nosso Ser.
Mas será que essa “felicidade” baseada no simples prazer imediato, na satisfação de todos os desejos e ambições torna as crianças felizes? Ou será que os pais de hoje, na procura desenfreada de tornar os filhos felizes, acabam ferindo emocionalmente essas crianças, pois sem o contato com a frustração elas aprendem unicamente a conseguirem sempre tudo o que querem de imediato. E será que, pela vida fora, elas vão sempre conseguir tudo o que desejam e ambicionam, sem nunca terem qualquer deceção ou frustração?
O psicoterapeuta Leo Fraiman, especialista em psicologia educacional revela-nos importantes contribuições acerca de como educarmos nossos filhos para a autonomia crítica e não os aleijarmos emocionalmente em nome do que chamamos da “felicidade de nunca deixá-los frustrados”.
A verdade é que segundo o especialista em nome de se querer dar a tal felicidade, acaba-se criando a desgraça da criança e de todos os que convivem com ela. A criança torna-se exigente, malcriada, intransigente, insatisfeita, birrenta, ansiosa, neurótica, porque sempre vai exigir mais e mais e magoa-se emocionalmente quando não é possível satisfazer as suas exigências. Sem o contato com a frustração elas aprendem que exigindo e fazendo birras sempre conseguem o que querem.
Faz parte da educação da criança e da construção de um ser humano, ensinar a criança a lidar não só com a felicidade, mas também com a infelicidade e com as impossibilidades da vida. Não se conhece o valor daquilo que nunca nos faltou. A perda ou a carência fazem parte da vida. Atender caprichos não é uma boa solução, é ensinar a criança a ser egoísta, é procurar o meio mais fácil de permanecer na zona de conforto. Diz ainda o especialista: “Ás vezes por querer compensar suas próprias negligências como pai ou mãe, molda-se um ser que será um adulto atrofiado emocionalmente:
“Se a criança não é treinada a esperar, a criar, a negociar, a ceder e a se frustrar, você está aleijando emocionalmente a criança. É como fazê-la andar com uma perna amarrada. A criança ficará chata, birrenta, gastadeira, neurótica, depressiva e provavelmente drogada, porque ela precisará de outra coisa para acalmá-la porque ela não desenvolveu a autonomia, ela não manda de dentro para fora no seu mundo, ela precisa do outro”Leo Fraiman
Muitas destas crianças assim educadas podem necessitar de terapia para reaprenderem a viver, para aceitarem a lei da vida, a lei da dualidade, a lei do tempo, no equilíbrio, na aceitação e na paz interior de vencermos dificuldades e barreiras, buscando o autoconhecimento.
Os pais têm que saber dizer “não” em muitas situações e perceber que se a criança fica frustrada, isso é bom para ela aprender a saber lidar com os desafios da vida. É superando essas dificuldades que emocionalmente ficam mais fortes e um dia poderão dizer que seus pais as ensinaram a ser felizes e tranquilas.
Sempre haverá limites, e cabe à família, e educadores traçarem com maestria essa linha tênue e invisível.
fontes: Portal Raizes e Teresa Guerra
4 Responses
Perfeito! O problema hoje são os pais que criam as crianças sem ensinar os limites, que o direito dela não prevalece ao direito do outro.
Se isso não mudar o mundo num futuro muito próximo será dominado por pessoas que não sabem lidar com o próximo e isso refletirá em toda a sociedade , inclusive nas empresas, pois as pessoas não saberão trabalhar em equipe.
Muito obrigado pela sua interação e colaboração Ana Claudia.
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